quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Google analisa comportamento mobile dos brasileiros

Se há poucos anos as pessoas navegavam na internet, hoje elas mergulham fundo e já conseguem até respirar por baixo deste gigantesco mar de informação. Pelo menos foi isso que concluiu o estudo Micro-Momentos, realizado pelo Google e apresentado nesta terça-feira (25).

Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, ressalta que grande parte das empresas se preocupa apenas com sua imagem física, esquecendo-se da virtual – especialmente da mobile. “Ainda há muito a melhorar. É comum contratar arquitetos especializados em pontos de venda e deixar a interface dos sites para estagiários”, compara.

A pesquisa mostrou que, apenas no último ano, o acesso à rede por smartphones cresceu espantosos 112%. O levantamento buscou mapear os momentos em que os internautas recorrem à internet atrás de serviços e informações para criar ferramentas que auxiliem as empresas a oferecer resultados eficientes.

Engana-se quem pensa que o acesso por smartphones se limita à checagem de e-mails ou de redes sociais. Na mesma pesquisa, descobriu-se que as compras pelos aparelhos cresceram em 74% nos últimos três anos. Mais de 30% dos entrevistados, inclusive, adquire seus produtos durante o expediente profissional. Entretanto, apesar do acesso crescer, a paciência dos consumidores diminui: foi registrada uma queda de 9% no tempo gasto em visitas aos sites. Ou seja: designs simples e intuitos são a principal pedida.

A pesquisa também constatou que o consumidor passou a fazer mais pesquisas na hora de comprar. Em razão da mobilidade, o consumidor pode comparar preços e produtos a distância de um clique. Dentre os entrevistados, 74% utilizam o aparelho nestes momentos.


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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Netflix pode ultrapassar o faturamento de grandes emissoras



Não se sabe ao certo quantos assinantes o Netflix tem no Brasil. Alguns estimam que o número está entre 2,5 milhões, mas executivos de canais pagos podem jurar que o serviço alcança mais de 4 milhões de pessoas. Ao redor do mundo, são mais de 65 milhões de internautas que se confundem com telespectadores, ansiosos pela próxima maratona da sua série preferida.

Mas um número tem chamado a atenção de muita gente: só no Brasil, o sistema promete faturar mais de R$ 500 milhões até o fim de 2015. O valor, de acordo com o UOL, é maior que de grandes emissoras de televisão, como a Band e a RedeTV. Os mesmos executivos que projetam o serviço de forma gigantesca afirmam que o Netflix pode faturar cerca de R$ 1 bilhão, próximo do que o SBT, a segunda maior emissora aberta do Brasil, leva para a casa todo ano.

Com o rápido crescimento do Netflix – o serviço de streaming existe há apenas quatro anos no Brasil –, surge a inevitável discussão de regulamentação. Desde o começo de 2015, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) quer estabelecer uma cota de séries e filmes produzidos no país. A negociação, entretanto, ainda não avançou. Enquanto isso, a empresa confirmou a estreia de 3%, uma série original totalmente brasileira, e que já está gerando grande expectativa nos fãs de seriados.

A falta de regulamentação específica gera reclamações entre as operadoras de televisão paga – se o Netflix fosse uma operadora, perderia, em questões de lucro, apenas para a NET e Sky. O serviço de streaming leva vantagem por não pagar ICMS, com valor estimado entre R$ 50 a 100 milhões, que não é pago pelo Netflix. A empresa também é isenta da taxa Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), estimada em R$ 9 milhões.

A assessoria de imprensa do Netflix declarou que o serviço paga todos os impostos que lhe são devidos. Sobre a Condecine, a empresa informou que aguarda “para trabalhar com a Ancine enquanto eles discutem sobre os serviços de VOD (vídeo sobre demanda) e OTT (over the top)”. Oscar Simões, presidente da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) também declarou que o Netflix pode vir a ser uma ameaça à TV paga se continuar desregulamentada. “Não temos nada contra o Netflix. Mas apelamos ao governo para que haja uma isonomia tributária”, acrescentou. Além do Netflix, a Ancine planeja regulamentar outros serviços OTT, como o iTunes.