quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Taste the Feeling

Estamos vivendo um momento em que é preciso repensar todo o marketing que vimos desenvolvendo. Isso vale para grandes empreendimentos, que têm apresentado soluções distintas para suas crises, mas também para a pequena empresa ou para o marketing político, social e empresarial.

A vitória de Trump, do Brexit, o marketing do Vaticano, da Rússia, da Coca-Cola… O mundo está numa crise sem precedentes em que tudo se move. E as marcas, grandes ou pequenas, se obrigam a realizar um reposicionamento constante. Os motivos para isso são muitos e variados.

O caso da Coca-Cola é um exemplo. Anos de trabalho em cima da marca tornaram Coca-Cola a segunda palavra mais reconhecida do planeta. Conforme Rodolfo Echeverria, VP global da empresa, “Coca-Cola perde apenas para a expressão ok”. Neste nosso mundo em mudança, entretanto, o reconhecimento da marca não tem mais se traduzido em consumo. O resultado é que a Coca-Cola está mudando de posicionamento na busca da ampliação das vendas.

Depois de décadas associando a marca ao conceito da felicidade, a Coca-Cola agora está passando a trabalhar o produto, buscando associá-lo ao prazer das coisas simples da vida. Taste the Feeling, traduzido no Brasil para Sinta o Sabor, procura vender não mais a marca, mas o refrigerante.
Essa é uma grande mudança em termos de marketing.



Veja um dos comerciais deste novo posicionamento:




sábado, 5 de novembro de 2016

PRECISAM-SE DE SALVA-VIDAS NA PUBLICIDADE GAÚCHA

Um chamamento do governo do Estado de inscrição de salva-vidas para atender veranistas no próximo verão viralizou nas redes sociais. Infelizmente por seus aspectos negativos. Olhem só o que o Facebook do governo do Estado publicou:





Em apoio, vinha um texto correto solicitando inscrição de candidatos ao serviço temporário no meses de janeiro, fevereiro e março.

Confesso que de início pensei que a postagem fosse uma sacada do Sensacionalista. Quando vi a imagem pensei que o texto a seguir iria pedir salva-vidas para proteger gaúchos nas praias de Malibu ou do Havaí, onde estes atores e atrizes aí de cima salvaram vidas.

Pior é que não.

A postagem foi feita a sério e não foi retirada do site do governo do Estado. Continua lá. De imediato recebeu críticas, mas continua lá.

Os problemas da postagem são vários. Antes do tema da imagem,  vamos ao problema do trato com a língua portuguesa. A Brigada Militar, no verão, precisa de muitos salva-vidas. Ela não busca apenas um salva-vidas. Mas o texto da postagem diz isto. Procura-se (um) salva-vidas. O correto, portanto, seria: Procuram-se salva-vidas.

A imagem por detrás do chamado é de um seriado de televisão. O Baywatch fez sucesso nos anos 90 e, segundo o Guinness de Recordes Mundiais, foi o seriado mais assistidos de todos os tempos. Imaginem o processo sobre uso de direito de imagem que o governo do RS vai ter caso essa foto não seja de uso gratuito.

Do meu ponto de vista, entretanto, o problema é anterior a esse. Me parece uma total falta de noção usar essa imagem para convocar candidatos para trabalhar com a Brigada Militar como salva-vidas. É tão fora de contexto que parece piada.