sábado, 13 de maio de 2017

A crise na indústria da comunicação brasileira é maior do que você pensa

Uma matéria publicada dia 02 de maio pelo jornal Valor Econômico revela que a Globo vai mal. A empresa caiu da 14ª posição no ranking das maiores empresas de mídia no mundo para a 19ª posição.

Os dados são consultoria Zenith Optmedia. Conforme o relatório, o crescimento do Google e do Facebook na captura das verbas aplicadas em propaganda é avassalador. Passou de 10,06% do bolo publicitário em 2013 para 16,3% em 2015 e agora para 20% em 2016.

A leitura destes números é clara. A Globo -e com ela amplos setores da indústria da comunicação brasileira- está falida. É uma questão líquida e certa. Conforme o jornalista Paulo Henrique Amorin a Globo está a venda. Um dos prováveis compradores seria o multibilionário mexicano Carlos Slim, que já adquiriu a NET da Globo em 2004. Slim também é dono da Claro e da Embratel.

Por isso o desespero da Globo em apoiar o golpe. Hoje as leis brasileiras impedem uma venda dos meios de comunicação, uma concessão pública, para investidores estrangeiros. Ela precisa, enquanto ainda tem algum valor, mudar as leis no Brasil para se vender no mercado internacional.

O mesmo não ocorre na publicidade. Há 15 anos, 16 das 50 maiores agências de publicidade do Brasil eram multinacionais. Em 2015, a Fischer, a última destas empresas brasileiras, foi vendida para a Dentsu, empresa japonesa.

O processo de mudança, concentração e internacionalização na comunicação é brutal. A venda das agências brasileiras para as multinacionais da publicidade acompanhou o processo de internacionalização da nossa economia. E a mudança da infraestrutura, a internet, o Google e o Facebook, fecham um ciclo.

A Globo está falida. A velha publicidade está morta. Viva a nova publicidade!